sábado, 26 de março de 2016

A decisão do vaso na mão do oleiro

Ensinamentos para um vaso em formação
A palavra do Senhor, que veio a Jeremias, dizendo:
Levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas.
Como o vaso que fazia de barro se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer.
Então, veio a palavra do Senhor, dizendo:
Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? - diz o Senhor; eis que, como barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
No momento eu que falar contra uma nação e contra um reino, para arrancar, e para derribar, e para destruir,
se a tal nação, contra a qual eu falar, se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe .
E, no momento, eu que eu falar de uma gente e de um reino, para o edificar e para plantar,
se ele fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, me arrependerei do bem que tinha dito lhe faria.
(Jeremias 18.1-10)


Ao ler esse belo e conhecido texto de Jr 18, percebemos inicialmente algo muito forte. Deus libera uma ordem e somente quando Jeremias obedece é que poderá ouvir a palavra do Senhor. Alguns não tem escutado a palavra do Senhor por não estarem obedecendo à suas ordenanças que continuam sendo liberadas para aqueles com quem Ele quer falar. No texto acima, Deus ordenou e prometeu liberar sua palavra. Devemos seguir as ordenanças e isso abrirá nosso entendimento para receber a revelação que Deus tem para esses dias. Por isso, querido leitor, veja o que Jeremias viu e ouviu na casa do oleiro e permita que o Santo Espírito fale contigo, vaso do Senhor:


  • O vaso nas mãos do oleiro


Observe que antes de ver o vaso, Jeremias identifica a obra do oleiro. A obra antecede o vaso. A obra é muito mais importante que o vaso. O vaso é feito para a obra. Se o vaso não parecer bem, pode ser quebrado e refeito mais adequado para a obra. Repare que o oleiro não pergunta para o profeta se o vaso está bom. O critério está nos olhos do oleiro. Seu olhar analisa o vaso.

Sua obra é feita sobre rodas. Na medida que as rodas giram, o vaso vai assumindo a forma aprovável pelos olhos do oleiro. Se as rodas deixarem de girar o vaso não é moldado. As rodas precisam ser giradas. Assim acontece na formação de um ministro, de um obreiro, de um santo vaso do Senhor. Passando por situações que insistem em repetirem, momentos adversos que acontecem mais uma vez... e a roda vai girando e modelando o caráter do obreiro. Quanto mais vagaroso for o giro das rodas, mais demorada é a modelagem do vaso. Que o Espírito sopre essas verdades em nossos corações.


  • Princípio da condicionalidade na formação do vaso

Quando o Senhor pergunta "Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?" Sendo apenas barro na mão do oleiro, nossa resposta é sempre o sim ao Senhor. Somos barros sendo moldados para serem vasos. "Assim sois vós na minha mão", completou o Senhor. 

Alegro-me em ver que o vaso inapropriado não é descartado e jogado fora. Pelo contrário, ele é reaproveitado. O vaso reprovado não é imediatamente descartado, é ainda é amassado mais uma vez para ser reutilizado. Isso me consola. Minhas limitações não faz o Senhor me descartar de imediato. Minhas limitações faz com que eu seja amassado mais uma vez. É o aperfeiçoamento do vaso. 

Repare ainda que o vaso se quebrou na mão do oleiro. Mesmo nas mãos do experiente oleiro, o vaso se quebrou. Não foi a mão do oleiro que o quebrou. O vaso se quebrou, mesmo na mão do oleiro. Somos esse vaso em formação. Podemos, nós mesmos, nos quebrarmos, mesmo estando nas mãos do Senhor. Isso me alerta. Não é nada externo que faz o vaso se quebrar, ele mesmo se quebra. Posso me quebrar e ainda mais, posso quebrar a obra que está sendo feita em mim. Oro ao Senhor para que o Santo Espírito nos alerte sobre isso.



  • A decisão do vaso na mão do oleiro 

Nesse princípio da condicionalidade, o Senhor nos coloca dois momentos. São as opções do vaso, conforme está escrito a partir do versículo 7 do texto base, veja:


1- No momento em que o Senhor falar contra um povo, Ele poderá:

ARRANCAR, DERRIBAR e DESTRUIR (v. 7)

São termos muito fortes e que nos causam temor. Insisto, isso é muito sugestivo. No mesmo texto em que o vaso está sendo moldado na mão do oleiro, o Senhor nos deixa esse alerta. São duas opções, e ARRANCAR-DERRIBAR-DESTRUIR é a primeira delas. Veja, querido vaso do Senhor, que os versículos abaixo mostram que o Senhor pode realizar essas três temíveis ações. Isso deve nos estremecer. Ele é o oleiro, nós, seus vasos em formação. Ele pode, pela nossa decisão contrária à sua vontade, falar contra seu povo, veja:

Assim diz o Senhor a respeito de todos os meus vizinhos, as nações ímpias que se apoderam da herança que dei a Israel, o meu povo: "Eu os arrancarei da sua terra, e arranca­rei Judá do meio deles. (Jr 12.14)

Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar retomou a sua força ao amanhecer, e os egípcios fugiram ao seu encontro; e o Senhor derribou os egípcios no meio do mar (Êx 14.27)
Pela manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do Senhor todos os que praticam a iniquidade (Sl 101.8)


2- No momento em que o Senhor falar a favor de um povo, Ele poderá:

EDIFICAR e PLANTAR (v. 9)

São duas ações opostas àquelas de cima. EDIFICAR-PLANTAR nos remete à ações de generosidade do Senhor para com seus vasos. São ações mencionadas em outros locais da palavra, veja:

E eu digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. (Mt 16.18)
É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera! (Sl 1.3)

Pense nisso...

Veja então, querido leitor, que o Senhor pode falar contra ou a favor do seus vasos. Um ou o outro modo de falar, depende da decisão do vaso. Na sequência da palavra, o Senhor nos deixa duas opções:

1- SE CONVERTER (v 8)
2- NÃO DAR OUVIDOS (v.10)

Seremos tentados a incluir uma terceira opção, supondo que já somos convertidos o suficiente, que já somos vasos feitos. Mas, o texto nos assemelha ao barro. É o vaso em formação. Somos obreiros em processo de conversão. Essa conversão depende sempre da decisão mediante essas duas opções: SE CONVERTER ou NÃO DAR OUVIDOS. Ambas ações são decisões tomadas "no momento em que eu falar" contra ou favor.

Veja, querido vaso do Senhor, que no momento em que o Senhor libera de sua palavra, nós tomamos uma decisão. Sua voz nos faz sempre escolher: SE CONVERTER ou NÃO DAR OUVIDOS.

Dessa decisão, dependerá a utilidade do vaso. Dessa decisão, dependerá a formação do vaso. Dessa decisão, o vaso poderá ser arrancado-derribado-destruído ou edificado-plantado. A decisão é do vaso. Do vaso que está em formação na mão do oleiro. Oro ao Senhor, que seu Santo Espírito continue a soprar a importância dessa decisão nos seus vasos.


Que a mão furada do Oleiro Santo molde sempre seu coração.

Bp Erisvaldo Pinheiro Lima
Comunidade Evangélica Arca da Aliança
Mensagem ministrada em Outubro de 2015
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Paz e graça, caro leitor. Se esta mensagem lhe foi útil, deixe seu comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...