sábado, 9 de março de 2013

A parábola dos lavradores maus


"Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe. "
(Mateus 21:33)
Bp Erisvaldo Pinheiro (ministrado em 02/03/2013)

A vinha do Rei está sendo arrendada. Não vendida, nem trocada, muito menos cedida, apenas arrendada. Dessa forma, ela continua sendo de um único e antigo dono, o Senhor Dono da Vinha, mas com os devidos cuidados dos lavradores.

Nesta belíssima parábola, nosso Mestre exorta os presentes ouvintes para o cuidado que os lavradores precisam ter da vinha do Rei. Em contraste com a supervisão do dono.

Mesmo de longe, o Senhor Dono da Vinha supervisiona e cobra por frutos, e ainda manda servos para averiguações.

Os primeiros lavradores parecem que não gostam de serem supervisionados Não gostam de prestação de contas. Parecem que são donos da vinha.

Fazem o que querem, colhem seus frutos para si e não aceitam a supervisão do Senhor Dono da Vinha.

Um servo da supervisão enviado pelo Dono da Vinha é apoderado, outro é ferido, mais outro e é morto e o derradeiro é apedrejado. E a vinha fica nas mãos dos simples lavradores. O Filho do Dono da Vinha também é enviado, afinal de contas, espera-se um respeito pelo Filho. Mas o sentimento de posse daquela vinha é tão grande, que os lavradores o matam.

O Senhor da Vinha não desiste do seu projeto. Faz justiça. A vinha não fora vendida, nem doada, nem trocada. Foi arrendada. E o Dono da Vinha vai resgatar aquilo que é dEle. Dá afrontosa morte aos maus lavradores e arrenda a Vinha a outros lavradores. Com uma única exigência. Que a seu tempo, lhe deem os frutos.

Essa Vinha agora está arrendada à outros lavradores. Pessoas que, diferentes dos primeiros, cuidem, zelem, e que tenham consciência que prestarão contas. Que os frutos são do Senhor.

Uma Vinha tão bem planejada, não pode perecer. Tem que fazer aquilo para o qual fora projetada, para os frutos. A vinha, cujo até mesmo o Filho do Dono já morrera por ela, é o Reino de Deus. A noiva do Cordeiro. A igreja. Eu e você.

Eu e você somos os novos lavradores. A vinha, não é nossa, é dEle. A igreja está sob nossos cuidados, mas continua pertencendo a Ele. O Senhor Dono da Vinha requer de nós a prestação de contas. O Senhor Dono da Vinha requer de nós frutos. Frutos para glória dEle, e não nossa.

Essa Vinha possui uma bela e planejada estrutura.

“plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre”

Novos lavradores, eu os convido a conhecer um pouco mais sobre a estrutura da Vinha do Senhor:

1. Uma vinha plantada.

 

Esta vinha é arrendada. Existem três tipos de arrendamento: por um tempo determinado, para toda a vida e, por último, o hereditário.



Acredito muito que o tipo de arrendamento depende do nosso cuidado com a Vinha, e também da prestação de contas. Os primeiros lavradores ficaram apenas por um tempo determinado.

Não quero cuidar dessa vinha por um tempo apenas. Mais ainda que cuidar por todos os dias da minha vida, quero que esse arrendamento, que está em minhas mãos, seja hereditário. Que minha descendência continue o trabalho feito hoje. E que seja o mesmo na tua vida em nome do Filho do Senhor da Vinha.

Num arrendamento de vinhas existem dois tipos de pagamentos. Em dinheiro, ou em frutos. Percebe-se que o Senhor Dono da Vinha prefere a segunda opção. Ele quer frutos da Vinha. Afinal de contas, é projeto dEle.

2. Um valado circundado.


As vinhas no tempo antigo de Israel eram circundadas por valados. Esses valados eram muros construídos de pedra.

Observe que há uma clara divisão entre a vinha e o seu exterior. Deve ser bem claro e definido onde é vinha e onde é exterior. Essa história de ser lavrador da Vinha e ser muito parecido com tudo que é exterior, mundano e profano não condiz em nada com essa parábola.

Ou se está dentro da vinha cercado por um valado, ou se está do lado de fora. Os valados não sustentam ninguém em cima dele. Não se pode estar em cima do muro. Dentro da Vinha, ou fora dela.


3. Uma torre edificada.


As torres nas vinhas também eram de pedras. Eram edificadas para os lavradores vigiarem na época que os cachos floresciam, pois eram apetitosos para chacais e homens ladrões.

Os novos lavradores devem ter vigilância dobrada quando os frutos começarem a florescer. Devemos subir na torre da vigilância e não permitirmos que cachos florescidos sejam devorados pelos chacais malignos, ou roubados por homens ladrões.

Fico espantado como tem companheiros de púbito que não estão lavrando a Vinha, mas quando os cachos começam a florescer querem roubá-lo. Não evangeliza, nem paga o preço, mas quando o irmãozinho começa a parecer um obreiro, já vem com proposta pra ir para o seu ministério... Cuidado lavradores, o Senhor da Vinha vem para a prestação de contas!


4. Um lagar construído.


O lagar é constituído por dois tonéis, um sobre o outro. O tonel superior recebia os frutos, que os lavradores pisavam até escorrer um suco para o tonel inferior, que era talhado na rocha.

Rocha lembra Cristo!

O fruto não podia ser apresentado da forma que era colhido. Precisava ainda do esforço do lavrador. O lavrador tinha que investir seu esforço para extrair o suco da vide. A casca era descartada, o importante era apenas o interior do fruto.

Lavradores do Senhor, continuemos com nossos esforços, oferecendo ao Senhor o melhor do fruto da videira. Ele não quer roupagens, ou aparências. Ele quer a essência dos frutos.


E que venha a prestação de contas.




Toda honra ao Filho do Dono da Vinha, que morreu por esta maravilhosa Vinha.

Foi fonte de apoio:
Enciclopédia da vida de Jesus / Louis-Claude Fillion.
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